Saiu no Jornal: Diário MS

Professora Elizabeth Santana

A meta dos alunos da escola Estadual Vilmar Vieira Matos é coletar mil litros de óleo de cozinha até o final deste ano, como parte do projeto de reciclagem do produto desenvolvido na instituição. A atividade conta com a doação de empresas e recolhimento do produto em casa pelos alunos. Aquele estudante que entregar mais litros vai ganhar um prêmio e a renda arrecadada com a venda do óleo será destinada a compra de equipamentos eletrônicos para a escola.

O óleo deve sempre ser entregue coado e acondicionado em garrafas pet, que também terão como destino a reciclagem. A venda será feita a R$ 1 o litro para uma usina instalada em Dourados que vai transforar o produto em biodiesel. Mas para isso, a instituição precisa encher o container deixado pela indústria na escola, onde cabem mil litros do produto.
“Vamos usar o dinheiro para comprar algum equipamento eletrônico que a escola precisa, como máquina fotográfica, Datashow ou até computador”, explica a professora de biologia e química da escola e coordenadora do projeto, Elizabete da Silva.
Para incentivar os estudantes, a cada mês é sorteado um prêmio entre os que mais fizeram doações de óleo. Talisson Felipe Pereira Martins, 16 anos, foi o que mais doou até o momento. “Antes o óleo em casa era jogado na pia, agora todo mundo me ajuda a recolher. Também consigo com amigos e vizinhos”, explicou. Ele pretende ganhar a premiação final, que é uma TV 42’’.

CONSCIENTIZAÇÃO
O recolhimento já é a segunda etapa da atividade que teve início no primeiro semestre deste ano, quando foi tratado na teoria o tema central do projeto que é a conscientização dos alunos sobre o destino correto do óleo.
Conforme a professora, despejar o produto na pia de casa não é a melhor solução, já que pode desencadear diversos problemas ambientais. “Ele pode se propagar através dos encanamentos domésticos na rede pública de esgoto, entupimento da pia e da caixa de gordura, além de ajudar na proliferação de insetos, como baratas e grilos”, explicou.
Ao questionar os alunos sobre o tema, Elizabete ainda encontrou casos de famílias que jogam o óleo depois de ser utilizado, no quintal de casa. “Muita gente adota essas práticas por falta de informação mesmo, por não saber o que fazer”, explica ela, lembrando que este mecanismo pode impermeabilizar o solo e atingir o lençol freático.
Uma dezena de empresas já fazem doações para o projeto desenvolvido na escola, seja através da coordenação ou dos próprios alunos. Alguns delas são do setor alimentício e destinam a doação do óleo que produzem nos empreendimentos. Outras que não trabalham com o produto, recolhem entre os funcionários para colaborar com os estudantes. O projeto procura mais parceiros, para conseguir atingir a meta até o final do ano. 
por Fabiane Dorta