Páginas

Hoje na História:26 de junho de 1968 - O povo vai às ruas. A Passeata dos Cem Mil

Os amores na mente, as flores no chão, a certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando, e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição...
Geraldo Vandré

Menos de uma semana após um violento enfrentamento com a polícia, organizados sob a liderança de Wladimir Palmeira, os estudantes voltaram às ruas. Iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, uma nova passeata invadiu o Centro do Rio. Além de reivindicar a liberdade aos presos políticos e o fim da repressão, a manifestação também se opunha à política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização, e questionava-se com rigor a subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano.

Reunindo em condição de protesto uma multidão como jamais havia sido registrado durante a ditadura, a Passeata do Cem Mil, tornou-se símbolo maior do crescente descontentamento popular com o regime autoritário instaurado no país. Desse dia em diante, aumentaria na mesma proporção o número de perseguidos, presos e desaparecidos. Um dia que duraria mais de duas décadas para chegar ao fim.
As agitações estudantis e repressão violenta das forças policiais não ocorreram apenas no Brasil

Violência... 1968 foi realmente um ano marcado pela violência. Houve conflitos de rua entre estudantes e policiais em Paris e na Cidade do México, em outras regiões do globo, tanto do Ocidente como do Oriente. Houve violência também nos países socialistas com a invasão da Tchecoslováquia por tropas dos países do Pacto de Varsóvia. A violência não foi apenas estudantil, embora os estudantes tivessem tido uma atuação que constituiu, na realidade, elo de ligação de todas as violências. A violência aconteceu nos Estados Unidos, onde houve conflitos raciais e dois assassinatos que traumatizaram a humanidade.
Veja mais no São Tantas Histórias...

Nenhum comentário: