Tropas bolivianas invadiram o Chaco boreal, oficializando as
hostilidades entre Bolívia e Paraguai, no episódio que ficaria conhecido
como a Guerra do Chaco: um conflito armado desencadeado pelo
domínio da região do Chaco, concorrida desde a época em que ambos eram
colônias espanholas ainda no século XVIII. Desde então, foram inúmeras
as tentativas de acordo pela posse da região, sem nunca haver um
consenso entre bolivianos e paraguaios, até que durante a Grande
Depressão, com a descoberta de petróleo na região, a situação tornou-se
insustentável.
A extensa planície do Grande Chaco foi objeto de acirrada disputa
histórica entre Paraguai e Bolívia, considerados os países mais pobres
da América Latina. A perda boliviana da sua costa no Pacífico, em 1929,
para o Chile, intensificou ainda mais a ambição do país pela região,
culminando com sua invasão em 1932. Embora favorecida por contar com um
exército maior e mais bem equipado do que o Paraguai, a Bolívia viu seus
homens sucumbirem às condições climáticas pouco habituais, permitindo
uma continuada reação adversária até o triunfo. Foram três anos de
derramamento de sangue, e um saldo de quase cem mil mortes, sendo pouco
mais da metade do lado boliviano, até que os países assinassem um acordo
em Buenos Aires, concedendo ao Paraguai a soberania total sobre o
local.
Restava uma herança comum: a estagnação econômica que ambos tiveram de arcar nos anos seguintes.
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