A ação pronta do Exército liquidou, nove horas depois, a insurreição
armada de 630 sargentos, cabos e soldados da Marinha e da Aeronáutica
que, alegando a luta pela elegibilidade - direito que a decisão do STF,
baseada na Constituição de 1946, lhes vedou - detiveram oficiais e
autoridades, inclusive um ministro do STF e o presidente em exercício da
Câmara dos Deputados em Brasília, onde apoderaram-se também dos
Ministérios da Marinha e da Justiça, do Departamento Federal de
segurança Pública, do Departamento de Telefones e da Base Aérea.
Foi esse o batismo de fogo da nova capital do país, recém implantada por
Juscelino Kubitschek no Planalto Central. Sem ter sido maduramente
planejado, o levante, que foi o momento de cristalização de um vasto
trabalho de infiltração comunista no seio da coluna dorsal das Forças
Armadas, não se alastrou a outros pontos estratégicos do Brasil. A
insurreição custou duas vidas. A de um civil metralhado na Base Aérea, e
a de um fuzileiro que resistiu á porta do Ministério da Marinha.
Custou, ainda, ferimentos em várias pessoas, intranquilidade
generalizada no país. E repercutiu no cenário econômico-financeiro do
país.
Apesar de estar em missão fora do Rio quando o movimento foi deflagrado,
o Presidente João Goulart foi prontamente acionado por diversas
lideranças que exigiam punições rigorosas e sem anistia para os
militares insurretos. Imediatamente, os principais suspeitos de liderar o
movimento estariam presos e seria instalado um inquérito policial
militar indiciando 19 sargentos que em 19 de março de 1964 seriam
condenados a quatro anos de prisão.
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